terça-feira, 28 de julho de 2009

Pedigree

O pedigree é um documento emitido por um órgão cinológico que contém a árvore genealógica do cão. Nesse documento, além desses dados, encontra-se data de nascimento, número do registro no órgão e os títulos obtidos. Há vários órgãos no mundo que emitem esse documento. No Brasil podemos citar a CBKC e a Sobraci. Mas a CBKC na realidade, é único órgão oficial para emetir esse documento, com reconhecimento mundial e considerado legal pela FCI (Federação de cinofília Internacional).

Qual seria a grande importância desse documento?

Como citado acima, esse documento nos fornece quais eram os ascendentes desse cão e nos permite estudar assim toda a linha de sangue para saber se nosso cão não apresenta nenhuma doença genética. Talves esse fato seja o mais relevante para importância de adquirirmos um cão com pedigree. Mas se isso realmente não é suficiente, podemos agregar a esse fato e o pedigree também é único documento que nos garante a pureza racial do nosso cão, porque somente conhecendo a árvore genealógica do cão vamos poder determinar se todos os seus ascendentes tem a tipicidade que raça exige no seu padrão oficial.

Quais as vantagens de ter um cão com pedigree?

Além da tranquilidade que depois de conhecer a linhagem do nosso cão e poder averiguar seus antecedentes podemos ficar mais tranquilo contra doenças genéticas. E também se nosso objetivo algum dia for criar cães ou simplesmente tirar uma cria, podemos analisar as pedigrees dos pais, ver se existe compatibilidade de linhagem, de caractéristicas e poder selecionar melhor nossos padreadores.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Considerações de um Julgamento em uma Exposição Canina

O juiz é máxima autoridade dentro da pista e suas decisões não podem ser questionadas.

Julgar é uma habilidade que algumas pessoas desenvolvem e é fruto de muito estudo e dedicação. Para julgar, é necessário conhecer princípios fundamentais de estrutura e dinâmica de movimentos do cão, de forma geral, e os padrões raciais. Ademais disso, é fundamental ver em muitos cães, sempre tratando de observá-los criticamente.

A responsabilidade de julgar é muito grande, pois escolher um ganhador de raça, e antes disso escolher um melhor macho e uma melhor fêmea, o que se realmente está fazendo é indicando quais seriam os melhores exemplares fenotipicamente, nessa exposição, para utilizar na criação. Por isso, os juízes devem sempre estar atualizados sobre o padrão da raça.


Pode-se julgar, basicamente, de duas formas: por defeito, ou por tipo, que é forma que juiz analisa o conjunto do exemplar, considerando suas características e virtudes que sobressaem.

O julgamento começa já no momento que o exemplar entra em pista e um bom juiz, nesse momento já identifica, com uma margem de erro, aqueles exemplares que apresentam tipicidade e caráter desejável.

O seguinte ato do juiz é examinar cada um dos exemplares, seguindo uma metodologia; uma seqüência de julgamento que seja seguida em todos os exemplares e que possibilite fazer uma analise rica em detalhes no curto período de tempo. Seguir esse método é importante para que o juiz possa ir memorizando as características importantes do exemplar e tomar a decisão que qual exemplar mais se aproxima ao padrão da raça. É nesse momento em que juiz que o juiz toca no cão que ele pode sentir as características anatômicas que se esconde debaixo da pelagem, também analisa a pelagem, angulações e tono muscular.

Os seguintes passos são seguidos por alguns juizes, mas não todos porque cada um em particular tem sua metodologia, mas aqui colocamos um exemplo:

1) Na entrada de pista olhar o estado geral e tipicidade do exemplar.
2) O handler vai colocar o cachorro em Stay verificar dentes, mordida e no caso de macho os testículos.
3) Observar a cabeça como um todo e depois em detalhe os olhos, focinho, nariz, orelhas, seu tamanho, inserção e tipo.
4) De perfil analisa a linha superior e inferior da cabeça.
5) Observar tamanho, forma e colocação do pescoço.
6) Tocar o Pelo, sentir a textura, comprimento e o subpelo.
7) Olhar a abertura do peito, aplumes, angulações dianteiras.
8) Verificar profundidade de peito, firmeza do dorso, linha superior e linha inferior.
9) Verificar posição de garupa, inserção, tamanho, cauda, angulações traseiras e aplumes posteriores.


O próximo passo é analisar o exemplar em movimento. Pode-se utilizar o movimento em linha reta de ir e vir e depois circular, sempre em trote. Também se pode usar a metodologia do movimento em triangulo ou T.

No movimento e ir e vir se analisa principalmente se o movimento é livre e se as patas se movem de forma paralela, se não se cruzam se não tira os cotovelos ou jarretes. Em síntese, se busca a ver se não há desvio tanto dos anteriores como dos posteriores.

Com o movimento circular, o que se observa é o comportamento da linha superior, propulsão e impulsão, alcance das passadas, se não sede os metacarpos, se movimento anterior e posterior são harmônicos e também a forma que leva a cabeça e o pescoço.

Assim depois dessa analise já temos um ganhador, o mesmo julgamento se faz para determinar ganhador de grupo e Best in Show de exposição, mas nesse caso não se compara cão com cão mas sim aquele cão que mais se aproxima ao seu padrão de raça.


Fonte: conversa com Juiz cinofilo Ciro Burgos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Padrão Oficial CBKC do akita

Resumo Histórico


Originalmente todas as raças caninas japonesas eram de pequeno e médio porte, não existia nenhuma de grande porte. Desde 1603, provindo da região de Akita, os cães chamados Akitas Matagis (cães de tamanho médio para caça ao urso), foram usados como cães de combate. A partir de 1868 a raça foi cruzada com o Tosa e com Mastiffs. Como conseqüência destes cruzamentos o talhe aumentou e traços característicos próprios dos cães tipo Spitz, desapareceram.
Em 1908 foram interditadas as rinhas de cães. A raça, contudo, foi preservada e aperfeiçoada como uma grande raça japonesa e em 1931, nove cães, exemplares de nível superior foram designados "Monumentos Históricos". Durante a segunda guerra mundial (1939-1945) era comum usar pele dos cães para confeccionar vestes militares. A polícia ordenou a captura e confisco de todos os cães, menos o Pastor Alemão que era usado para fins militares. Muitos criadores aficcionados tentaram enganar a lei, cruzando seus cães com Pastor Alemão. No fim da segunda guerra mundial, o número de akitas estava drasticamente reduzido e os cães apresentavam três tipos diferentes: 1) Os Akitas Matagis; 2) Os Akitas de combate e 3) Os Akitas/Pastores Alemães. A situação da raça estava muito confusa.
Durante o processo de restauração da raça pura, após a guerra, Kongo-Go, um cão com linha de sangue DEWA, que exibia a influência do Mastiff e Pastor Alemão teve uma passageira, mas tremenda popularidade. O número de criadores de Akita aumenta e ganha muita popularidade.
No entanto, os criadores esclarecidos recusaram-se aceitar este tipo de cão como a verdadeira raça japonesa e se esforçaram para eliminar as características das raças estrangeiras fazendo cruzamentos com os Akita Matagi, para voltar ao tipo original. Estes esforços foram coroados de sucesso e permitiram a estabilização da raça pura do Akita de grande porte bem conhecido nos nossos dias.
APARÊNCIA GERAL

Cão de grande porte, constituição robusta, bem proporcionado com muita substância, caracteres sexuais secundários nitidamente definidos. Grande nobreza e dignidade na sua simplicidade. Construção robusta.

PROPORÇÕES IMPORTANTES

Relação entre altura da cernelha e comprimento do corpo é de 10:11 mas as fêmeas são ligeiramente mais longas que os machos.
COMPORTAMENTO

Caráter: Calmo, fiel, dócil e receptivo.

CABEÇA

REGIÃO CRANIANA

Crânio: Proporcional ao corpo. Testa larga, sulco frontal nítido sem rugas.
Stop: Definido.
REGIÃO FACIAL

Trufa: Volumosa e preta. Falta de pigmentação leve e difusa, é aceitável somente nos cães brancos, mas a trufa preta é sempre preferida.
Focinho: Moderadamente comprido, forte, largo na raiz, vai afinando, jamais pontudo. Cana nasal é reta.
Maxilares/Dentes: Dentes fortes, mordedura em tesoura.
Lábios: Fechados.
Bochechas: Moderadamente desenvolvidas.
Olhos: Relativamente pequenos, triangulares, o ângulo do olho é ligeiramente voltado para cima, moderadamente separados, cor marrom escuro, quanto mais escura for a cor, melhor.
Orelhas: Relativamente pequenas, grossas, triangulares ligeiramente arredondadas na extremidade, inseridas moderadamente separadas e inclinadas para a frente.
PESCOÇO
Grosso e musculoso, sem barbelas, proporcional à cabeça.
TRONCO
Dorso: Reto e forte.
Lombo: Largo e musculoso.
Peito: Profundo com antepeito bem desenvolvido, as costelas moderadamente arqueadas.
Ventre: Bem esgalgado.
CAUDA
Inserida alta, é grossa portada bem enrolada sobre o dorso, a extremidade toca o jarrete quando esticada.
MEMBROS
MEMBROS ANTERIORES
Ombros: Moderadamente inclinados e desenvolvidos.
Cotovelos: Bem ajustados ao tronco.
Antebraços: Retos com forte ossatura.
MEMBROS POSTERIORES
Bem desenvolvidos, fortes e moderadamente angulados.
PATAS
Fortes, redondos, compactos, arqueados.
MOVIMENTAÇÃO
Elástica e potente.
PELAGEM
PÊLO
O pêlo de cima é duro e reto, subpêlo macio e denso, a cernelha e a garupa são revestidas com um pêlo ligeiramente mais comprido, o pêlo da cauda é mais longo que o do resto do corpo.
COR
Vermelho-fulvo, sésamo (pêlos vermelhos com as pontas pretas) tigrado e branco. Todas as cores acima mencionadas, exceto a branca, devem apresentar o "URAJIRO" (pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, sob o queixo, pescoço e ventre, na face inferior da cauda e face interna do membros).
TAMANHO
Altura da cernelha: Machos 67 cm e fêmeas 61 cm.Com uma tolerância de 3cm a mais ou a menos.
FALTAS
Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.Machos afeminados, fêmeas masculinizadas.
Prognatismo superior e inferior.Falta de dentes.Língua manchada.Íris de cor clara.Cauda curta.Cães medrosos.
FALTAS DESQUALIFICANTESOrelhas caídas (orelhas não eretas).
Cauda pendente.Pêlo longo (peludo).Máscara preta.Manchas sob fundo branco.
NOTAS: 1) Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal; 2) Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.
Fonte: CBKC— Confederação Brasileira de Cinofilia
Tradução: Anita Soares Cardoso